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Governo argentino tenta salvar maior banco privado

Por Agencia Estado
Atualização:

O futuro do Banco Galicia, o maior e mais importante banco privado de capital nacional da Argentina, pode ser decidido esta semana. Sem citar nomes do governo e do sistema financeiro argentino, o jornal Clarín informa na edição de hoje que o Banco Nación, o equivalente argentino ao Banco do Brasil, poderia absorver o Galicia, cuja subsidiária no Uruguai sofreu intervenção do Banco Central uruguaio no último dia 13 por falta de liquidez. De acordo com oClarín, a operação de resgate do Banco Galicia seria uma das maiores dos últimos anos. Entre hoje e amanhã, informa o jornal, o ministro de Economia, Jorge Remes Lenicov, e o presidente do Banco Central, Mario Blejer, devem definir como será feita a absorção do Galicia pelo Nación, já que parte da legislação financeira argentina proíbe que um banco estatal absorva uma instituição privada. Por isso, técnicos do governo estavam debruçados no final de semana em algumas brechas da lei e em outros artigos da Lei de Emergência Econômica para concretizar a operação. O alto volume de saques nas últimas semanas deixou o Galicia sem recursos para fazer frente aos saques de seus clientes. O banco argentino, fundado em Buenos Aires em 1905, é presidido atualmente por Eduardo Escansany, também presidente da Associação dos Bancos Argentinos (ABA). Na semana passada, a Agência Estado antecipara que o volume de saques da instituição passara de US$ 400 milhões e que a autorização de transferências de um banco para outro poderia piorar ainda mais a liquidez do único banco privado argentino que sobrou desde a onda de aquisições na década passada. Há pouco mais de duas semanas, o presidente Eduardo Duhalde declarara também que, nos últimos anos, as pessoas que passaram pela Casa Rosada optaram por salvar algumas instituições financeiras em detrimento do país, mas isso não voltaria a ocorrer. "Nos últimos meses caíram três presidentes que estavam dispostos a salvar alguns bancos. Agora, não cairá mais nenhum presidente. Se um banco tiver de cair, então vai cair", declarara Duhalde, no momento que seu governo enfrentava panelaços nas ruas de Buenos Aires e no interior do país. Caso a lei não permita essa primeira opção, outra alternativa seria a criação de um novo banco, chamado de Banco Federal, com a participação dos bancos Nación, da Província de Buenos Aires, da Cidade de Buenos Aires e um privado. Leia o especial

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