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Governo aumenta em 14,8% valor destinado ao crédito rural

No total, serão disponibilizados R$ 156,1 bilhões aos agricultores; na safra anterior, foram liberados R$ 136 bilhões em crédito

Por Ricardo Della Coletta , Rafael Moraes Moura , Nivaldo Souza e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - O Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2014/15, lançado peolo governo nesta segunda-feira, 19, disponibilizou aos agricultores um crédito rural de R$ 156,1 bilhões. O montante corresponde a um aumento de cerca de 14,8% em comparação com a safra anterior, quando foram autorizados R$ 136 bilhões.

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O plano consiste em uma série de medidas de política agrícola para a safra que está por vir, abrangendo, entre outras áreas, crédito rural, apoio à comercialização e seguro rural. Um banner de divulgação no Ministério da Agricultura, montado no Palácio do Planalto, já apontava para o valor que seria divulgado. O valor anunciado faz parte de um 'pacote de bondades' preparado pelo governo para se reaproximar do agronegócio.

O Ministério da Agricultura informou que, dos R$ 156,1 bilhões disponibilizados, R$ 112 bilhões serão destinados ao financiamento de custeio e comercialização. Outros R$ 44,1 bilhões, de acordo com a Pasta, são para programas de investimento.

O ministério da Agricultura também informou que, no ciclo lançado hoje, o Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) terá R$ 16,7 bilhões para custeio, comercialização e investimento, valor 26,5% superior ao da safra 2013/14.

A cerimônia de lançamento do plano ocorre no Palácio do Planalto, em Brasília, e tem a presença da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Agricultura, Neri Geller.

Limite de empréstimo. O limite de empréstimo para custeio, por sua vez, subiu de R$ 600 mil para R$ 660 mil; já os de investimentos passaram de R$ 350 mil para R$ 400 mil. Outra diferença entre o PAP anterior e o lançado hoje é a "revitalização" do Moderfrota, voltado para financiar a aquisição de novas máquinas agrícolas. As taxas de juros para essa modalidade foi reduzida de 5,5% para 4,5%.

Colheita. O ministro da Agricultura afirmou que é esperada uma colheita de grãos de 200 milhões de toneladas para a safra 2014/15, o que representaria aumento de 4,6% sobre a atual safra 2013/14, estimada em 191,2 milhões de t. Afirmou, ainda, que o atual Plano Safra traz mais recursos para comercialização e investimento, além de "manter atenção especial ao médio produtor".

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Juros. O PAP 2014/15 prevê financiamento de R$ 132,6 bilhões com juros inferiores aos do mercado, de acordo com o Ministério da Agricultura. As taxas de juros mais baixas estão nas modalidades "armazenagem, irrigação e inovação tecnológica (4% a.a.)", além de 5% para o crédito de armazenagem para cerealistas. Práticas sustentáveis terão juros de 5% e os médios produtores, de 5,5%. Já o financiamento para aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas terá taxa de juros de 4,5% a 6%.

"A grande maioria das taxas de juros é equalizada pelo Tesouro Nacional", disse Geller. "Mesmo com a Selic passando para 11%, o custeio do Pronamp e do Fundo de Defesa Econômica Cafeeira (Funcafé) aumentou só 1%", comentou. Por último, Geller pontuou que "mais de 90% dos produtores" acessarão o Moderfrota, para a aquisição de novas máquinas agrícolas, com taxas de juros reduzidas de 5,5% para 4,5%. "Para as cooperativas conseguimos manter juros em 7,5% para o capital de giro", finalizou.

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