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Governo avalia novos leilões, mas evita exportação de arroz

Segundo presidente da Conab, serão realizados novos leilões se primeiro for insuficiente para regular mercado

Por e da Agência Estado
Atualização:

O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Wagner Rossi, disse, nesta terça-feira, 29, que o governo poderá fazer novos leilões do estoque público de arroz, que é de 1,4 milhão de toneladas, se a operação de venda de 55 mil toneladas da próxima segunda-feira for insuficiente para regular o mercado. "A decisão é sentir o mercado e tivemos notícia que o arroz deixou de subir. Se necessário, faremos novos leilões, mas não para que o produtor receba abaixo do custo, pois queremos os preços sigam remuneradores e o plantio seja incentivado no ano que vem", disse Rossi.   Veja também: Especial: Entenda a crise dos alimentos    O preço mínimo do leilão do governo será de R$ 28 a saca, abaixo do custo estimado em R$ 26 a saca. "Não podemos, depois de quatro anos com o preço do arroz abaixo do custo, querer derrubá-lo, pois seria desonesto e contra o mercado. Mas temos estoques para garantir que o consumidor brasileiro seja alvo de especulação", ratificou o presidente da Conab, que participou, há pouco, do anúncio da primeira estimativa da safra de cana-de-açúcar 2008 da estatal ligada ao Ministério da Agricultura, feito durante a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).   Rossi disse ainda que o governo não descarta a exportação dos estoques de arroz públicos, mas que a cautela impede a operação no momento. "Não está descartada a exportação, mas o que o ministro (da Agricultura Reinhold Stephanes) fez foi ser cauteloso e correto: não exportar agora o estoque público de arroz", avaliou Rossi.   O presidente da Conab disse que não existe crise de alimentos no Brasil, que o País, exceto no caso do trigo, tem produção acima do consumo e que a política de manutenção de estoques públicos "mínimos, reguladores e estratégicos" será mantida. "A política pública de estoques antes era baseada no físico. Hoje o governo tem mecanismos como Pepro e PEP para incentivar o produtor a colocar no mercado o produto sem estocagem, porque é caro", concluiu Rossi.

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