16 de novembro de 2009 | 12h23
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, informou nesta segunda-feira, 16, que o governo vai criar um grupo de trabalho para avaliar a possibilidade de melhorias no sistema de transmissão de energia elétrica. Segundo ele, o grupo será formado por autoridades do setor elétrico - com representantes do Operador Nacional do Sistema (ONS), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), entre outros - com coordenação do secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. O ministro disse ainda que um dos objetivos é convocar os especialistas "que vêm apresentando ideias nos jornais".
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Em rápida entrevista, Lobão afirmou que o governo pode abrir mão da busca pela modicidade tarifária caso se conclua que são necessários novos investimentos para segurança do sistema. Também presente ao evento, o presidente de Furnas, Carlos Nadalutti, disse que o aumento da segurança do sistema representa maiores custos e que a questão deve ser discutida com a sociedade.
"Na inteligência de cada brasileiro haverá de ter um laboratório em estágio letárgico pronto a explodir em pétalas de solução", disse o ministro, em palestra na abertura da Conferência Brazil Global Energy, no Rio. "Não queremos ter o monopólio das soluções", completou o ministro, concluindo que "a luta" do governo é para "que não falte jamais energia elétrica".
O grupo de trabalho fará às 9 horas de terça-feira, 18, sua primeira reunião, na sede do Ministério de Minas e Energia. Também na terça-feira, o ONS deverá entregar à Aneel o Relatório de Análise de Perturbação (RAP), documento que trará as explicações do Operador sobre as causas do blecaute e que servirá de base para a investigação a ser conduzida pela Aneel.
O apagão também será discutido pelo governo na próxima sexta-feira, em nova reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), marcada para as 10h. O CMSE é integrado pelo Ministério de Minas e Energia e por Aneel, ONS, Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Agência Nacional do Petróleo (ANP).
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