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Governo diz que idade mínima é ponto central da reforma na Previdência

Segundo fontes, contudo, fixação da idade de 65 anos para ter acesso ao benefício pode ser flexibilizada para enfrentar as resistências das centrais sindicais ao projeto

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Por Redação
Atualização:
Idade mínima para aposentadoria é o ponto mais criticado pelos sindicalistas Foto: André Dusek|Estadão

O Palácio do Planalto informou nesta sexta-feira, 9, que a proposta de estabelecer uma idade mínima de 65 anos para pedir a aposentadoria é o "ponto central" para que se atinja o equilíbrio futuro nos gastos públicos. O Estado destaca em sua edição desta sexta que, para enfrentar resistências à reforma, o Planalto está disposto a negociar com as centrais sindicais mudanças na idade mínima de 65 anos. Uma das alternativas possíveis é a fixação de um escalonamento, até se chegar à marca de 65. A informação foi antecipada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real da Agência Estado. Durante a reunião do presidente Michel Temer com as centrais sindicais para apresentar a reforma, o governo viu que a fixação de uma idade mínima em 65 anos terá muita dificuldade de ser aprovada. Foi o ponto mais atacado pelos sindicalistas. No entanto, segundo interlocutores do governo ouvidos pela reportagem, a proposta foi desenhada com uma "gordura" para negociação por causa da complexidade da reforma e das resistências já encontradas antes mesmo de seu anúncio pelo presidente Temer.  O próprio ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já disse que o texto enviado ao Congresso é "para início de debate", sinalizando que as negociações estão abertas e vão ocorrer. "Essa é uma proposta para início de debate e vamos debater. (...) Quanto mais amplo o debate, melhor. Por isso estou aqui", disse Meirelles, durante encontro com sindicalistas realizado na segunda-feira em São Paulo. A reportagem ainda mostra que, além da idade mínima, poderá entrar nas negociações o "pedágio" que obrigará homens de 50 anos e mulheres de 45 a trabalhar mais para se aposentar, além do "gatilho" que elevaria a idade mínima a 67 anos até o fim dos anos 2050. A nota da assessoria do Planalto não faz referência ao "pedágio" nem ao "gatilho". 

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