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Governo diz que IPCA em 6,37% não invalida meta de inflação

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Roberto Messenberg, afirmou hoje que a estimativa de um IPCA de 6,37% em 2004, incluída no relatório de avaliação de receitas e despesas do governo, divulgado ontem, não contradiz nem invalida a manutenção da meta de inflação de 5,5% pelo Banco Central. Neste documento, o governo federal assume oficialmente, pela primeira vez, que a inflação de 2004 deve ficar acima dos 5,5% fixados como meta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Porém, a estimativa de 6,37% ainda está dentro da oscilação permitida, de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (veja mais informações no link abaixo). O parâmetro utilizado pela Secretaria de Política Econômica (SPE), utilizado no relatório, reproduz as expectativas do mercado sobre o comportamento dos preços e baliza as projeções fiscais da equipe econômica. "Não estamos fazendo projeções nem trabalhando com metas. São meras hipóteses que seguem o que o mercado vai revelando através das pesquisas de preço", argumentou Messenberg, acrescentando: "Vamos admitir que o mercado está correto nessa projeção. Isso não significa nenhuma restrição à política monetária do BC". Críticas Críticos da política econômica e setores do próprio governo, entretanto, consideram uma incoerência o BC continuar ajustando sua política de juros a uma meta que todos já sabem que provavelmente será superada. Pelo menos temporariamente, essa meta estaria levando a um manejo mais conservador da política monetária, que inibe a reativação do crescimento econômico. Contudo, a equipe do ministro Antônio Palocci sustenta que essa medida é necessária para enfrentar os choques externos.

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