31 de março de 2009 | 15h40
O governo dos Estados Unidos está exigindo que a General Motors imponha termos mais duros na negociação com os portadores de bônus, enquanto Washington decide se vai ajudar a montadora além de uma promessa para financiar operações nos próximos 60 dias, segundo informa a rede de tevê CNBC.
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Na sexta-feira, a CNBC informou que a GM tinha oferecido aos portadores de bônus - que possuem quase US$ 28 bilhões em dívida não assegurada - 8 cents sobre o dólar em dinheiro, 16 cents em nova dívida não assegurada e 90% de ações em uma nova GM sob supervisão.
Ao mesmo tempo, a companhia ofereceu aos trabalhadores e aposentados representados pelo sindicato UAW - que possuem mais de US$ 20 bilhões em benefício de seguro saúde - US$ 10 bilhões em dinheiro - amortizados ao longo de 20 anos -, mais US$ 10 bilhões em ações preferenciais com uma taxa de retorno (yield) de 9%. O status da proposta para a UAW não estava clara.
Contudo, a CNBC informou nesta terça que Ray Young, executivo-chefe financeiro da GM, confirmou à rede a notícia de que, sob pressão do governo, a montadora buscaria termos mais duros para os portadores de bônus. Young, de acordo com a CNBC, disse, sem citar nomes, que membros da administração do presidente Barack Obama estão pressionando por novos termos, embora não tenha especificado quais.
Um consultor econômico de Obama disse para a CNBC que os portadores de bônus da GM devem fazer sacrifícios se a companhia quiser evitar a falência. Segundo Austan Goolsbee, membro do Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca, os portadores de bônus vem agindo sob a suposição que, talvez o governo vá continuar a socorrer a GM sempre que a companhia esgotar o dinheiro. "E isso justamente não vai ocorrer", disse. "Se eles (os portadores de bônus) quiserem" apostar nisso, "isso parece uma má ideia", acrescentou.
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