26 de outubro de 2010 | 00h00
Os confrontos entre estudantes e militantes anarquistas e a polícia durante os protestos da semana passada teriam sido insuflados pelo Ministério do Interior. A teoria conspiratória circula desde o fim da semana em vídeos divulgados na internet.
Ontem, Jean-Luc Mélenchon, líder do Partido de Esquerda, acusou a polícia de se infiltrar nos movimentos sociais e incitar à violência.
Segundo o ex-senador socialista, há "infiltrados que atiram pedras, quebram vitrines e depois tiram suas braçadeiras de polícia". A mesma acusação foi feita pelo presidente da União Nacional de Estudantes da França (Unef), Jean-Baptiste Prévost. "Os chefes de polícia não teriam recebido orientações de fazer crescer a tensão?", questionou. As dúvidas, que foram alvo de reportagem do jornal Le Monde, aumentaram porque os vídeos mostram atitudes contraditórias dos supostos vândalos, como quebrar uma vitrine e impedir que a multidão se aproxime para prosseguir a destruição. Em outra imagem, jovens encapuzados vestem braçadeiras da polícia, iniciando prisões a seguir.
A polícia e os sindicatos reagiram às suspeitas de que agentes de segurança possam ter participar dos atos. Segundo o Ministério do Interior, a polícia francesa realiza infiltrações, mas sempre para identificar e prender os manifestantes mais radicais.
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