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Governo e empresários se unem para pressionar Congresso a votar PPP

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo federal e os empresários estão se unindo para pressionar o Senado a retomar a votação do projeto que cria as Parcerias Público-Privadas (PPP). Hoje o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Newton Mello, reuniu-se com o ministro da Articulação Política, Aldo Rebelo, enquanto o ministro do Planejamento, Guido Mantega, visitava o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Horácio Lafer Piva. Os dois empresários defenderam a aprovação do projeto. "Estamos entregando a cada senador uma carta da Abimaq de apoio ao projeto", disse Mello, tentando reduzir a crise estabelecida entre o governo e o senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE) por causa das acusações dele de que o projeto teria objetivos eleitoreiros. "Não vejo nenhum efeito eleitoral no encaminhamento dessa questão." Nesta terça-feira a entidade entregará um documento ao presidente do Senado, José Sarney, alertando para os riscos que uma demora na aprovação da PPP poderá causar para a sustentação do crescimento econômico. "Se o projeto da PPP não for aprovado e os investimentos em infra-estrutura não acontecerem já, os atuais movimentos de expansão da produção industrial e de geração de novos empregos não passarão de uma `bolha´ de efêmera e decepcionante duração", diz o documento da Abimaq. Para o presidente da Fiesp, o projeto precisa de ajustes, mas é o "mecanismo que permitirá chegar mais perto da viabilização dos investimentos necessários para o crescimento sustentado". Mesmo admitindo que o "jogo político" faz parte da objeção dos partidos de oposição ao projeto, o presidente da Fiesp disse que o projeto vai beneficiar os próximos governos. "Jogar o PPP para a frente é adiar o crescimento sustentado", disse o empresário. De acordo com os números da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil necessitaria cerca de R$ 38,2 bilhões anuais de investimentos para recuperar a infra-estrutura. A maior carência estaria no setor energético, com R$ 20 bilhões anuais, seguido por saneamento (R$ 9 bilhões) e transportes (R$ 4,5 bilhões).

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