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Governo e PT veem início de 'travessia' para o crescimento

Decisão pela manutenção da taxa de juros foi comemorada, mas deputado petista diz que pressão pela queda da Selic vai continuar

Foto do author Vera Rosa
Por Vera Rosa , Tania Monteiro , Igor Gadelha e Ricardo Brito
Atualização:

BRASÍLIA - O Palácio do Planalto comemorou nesta quarta-feira, 20, a manutenção da taxa básica de juros em 14,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Nos bastidores, auxiliares da presidente Dilma Rousseff disseram que o momento é de "travessia" para a retomada do crescimento, a partir do segundo semestre, e, se os juros subissem, o pessimismo com a economia aumentaria na mesma proporção.

Ao mesmo tempo, porém, há uma expectativa sobre como o mercado financeiro vai receber a decisão do Copom. O governo sabe que poderá ser acusado de interferência na autonomia do Banco Central, embora desde terça-feira já houvesse ocorrido uma reviravolta nas previsões relativas ao comportamento dos juros, com a carta do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que a piora nas previsões do FMI para a economia brasileira seria levada em conta pelo Copom. A partir daí, a aposta do mercado, de alta de 0,5 ponto porcentual na Selic, passou a girar em torno de 0,25 ponto, com parte do mercado prevendo a manutenção da taxa. Sob pressão, Tombini, ganhou pontos com o Planalto, com o PT e com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, mas tende a sair enfraquecido diante do mercado.

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