Governo edita MP para abrir crédito extra de R$ 25,7 bilhões para auxílio emergencial

Valor equivale a suplementação necessária para destravar os pagamentos do benefício, após a Cidadania ser obrigada a suspender o pagamento da 2ª parcela por falta de recursos

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Por Sandra Manfrini e Idiana Tomazelli
1 min de leitura

BRASÍLIA - O governo federal editou nesta sexta-feira, 24, a Medida Provisória 956 que abre crédito extraordinário no valor de R$ 25,720 bilhões em favor do Ministério da Cidadania, para pagamento do auxílio emergencial. A MP está publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Esse é valor que a Pasta pediu ao Ministério da Economia para conseguir pagar o auxílio emergencial de R$ 600 aos informais, autônomos, microempreendedores individuais e desempregados. O Estadão/Broadcast antecipou nessa quinta, que essa solicitação deveria ser atendida com a abertura de um crédito extraordinário por meio de MP, o que tem vigência imediata e dá agilidade à liberação de recursos.

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A suspensão da 2ª parcela foi decidida após a Controladoria-Geral da União fazer um alerta para o risco de falta de dinheiro. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Esse valor era exatamente a suplementação considerada necessária para destravar os pagamentos do auxílio, depois que o governo foi obrigado na quarta-feira, 22, a suspender a antecipação da segunda parcela do benefício, que começaria a ser transferida na última quinta-feira, 23.

A suspensão foi decidida após a Controladoria-Geral da União (CGU) fazer um alerta para o risco de falta de dinheiro, situação em que a antecipação configuraria violação às leis orçamentárias.

O pagamento da segunda parcela estava previsto para começar no dia 27. Mas, na última segunda, 20, a Caixa Econômica Federal organizou uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto para anunciar a antecipação para esta quinta, 23.

Segundo o Ministério da Cidadania, no entanto, como muitas pessoas sequer receberam a primeira parcela, seria necessária a abertura de crédito suplementar para garantir a antecipação da segunda parcela, além do pagamento da primeira.

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"Por fatores legais e orçamentários, pelo alto número de requerentes que ainda estão em análise, estamos impedidos legalmente de fazer a antecipação da segunda parcela do auxílio-emergencial", informou o governo federal. Na nota, o Ministério da Cidadania não informa a data do pagamento da segunda parcela.

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