30 de junho de 2011 | 00h00
O governo não quer ver o País numa discussão deste nível. Portanto, para que o negócio receba as bênçãos completas do Planalto, será necessário que Abílio Diniz e o grupo Casino se entendam, vençam todas as polêmicas e que não haja qualquer possibilidade de o assunto ir parar na justiça internacional.
Ontem, Diniz esteve no Planalto, para participar de uma reunião da Câmara de política de gestão, desempenho e competitividade.
No encontro, a possível fusão entre os dois gigantes varejistas não foi tratada, segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o coordenador do grupo, empresário Jorge Gerdau Johannpeter. Ambos negam ainda que o assunto tenha sido discutido em qualquer outra instância e insistiram que o tema em debate era gestão de áreas do governo. "Foi uma coincidência", disse Gleisi.
Prestígio. Na verdade, a presença de Abílio Diniz no Planalto tem um significado político. Ele tenta demonstrar que, mesmo estando em meio a uma grande negociação comercial, abriu um espaço em sua agenda para vir prestigiar o governo e participar da câmara de gestão.
A ministra Gleisi Hoffmann se recusou a considerar o dinheiro do BNDESPar - o braço financeiro do banco estatal - como dinheiro público. "Não tem dinheiro público, nem do FGTS, nem do Tesouro", disse.
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