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Governo estuda nova leva de concessões em infraestrutura

Ministra Gleisi Hoffmann diz que, numa segunda fase, serão tratadas as hidrovias e a navegação de cabotagem

Por BRASÍLIA
Atualização:

O governo estuda mais concessões em infraestrutura, disse ao Estado a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. "Óbvio que não ficaremos por aqui. Não tratamos de hidrovia nem de cabotagem, que serão focos de uma segunda fase." Haverá também mais estradas, portos e ferrovias. "A lógica é continuar a integração logística e melhorar o escoamento e a circulação de mercadorias." Coordenadora de um programa de concessões que prevê investimentos de R$ 240 bilhões em infraestrutura, ela avalia que o primeiro leilão de rodovias, em 18 de setembro, será disputado. É a mesma expectativa do presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. "Vai surpreender os pessimistas, porque não só as grandes empresas vão participar."Segundo ele, há construtoras de médio porte que estão se associando a investidores internacionais. Também no setor privado, a avaliação é que os leilões de rodovias serão disputados. O governo prepara, para outubro, um evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para aproximar potenciais investidores entre si. Segundo Gleisi, o evento ocorrerá num momento importante, em que os editais já estarão na praça e as empresas estarão buscando parcerias. Ela acredita que, além de grupos nacionais, estrangeiros também vão participar dos leilões. No caso das ferrovias, há interesse de chineses, espanhóis e russos. A vinda de recursos externos será importante também para financiar os projetos. O governo se propôs a bancar até 70% da maior parte dos empreendimentos com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas conta com "parte considerável" de recursos externos. Gleisi acredita não haver "gargalo" nas operações de crédito às concessões no País. Essa é uma preocupação do setor privado e de técnicos do governo. Banco do Brasil e Caixa se preparam para atuar na estruturação de negócios, no repasse de recursos do BNDES e na criação de fundos para complementar o financiamento. / L.A.O.

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