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Governo exige ação contra Paraguai no caso da aftosa

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro interino da Agricultura, Márcio Fortes de Almeida, pedirá nesta sexta-feira ao diretor do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), Eduardo Correa Melo, uma ação mais efetiva contra o governo do Paraguai para que seja autorizada a coleta de material de bovinos suspeitos de estarem contaminados pela febre aftosa no município de Corpus Christi, na província de Canindeyú. O governo brasileiro não aceita a recusa paraguaia em permitir que veterinários coletem o material que seria examinado no laboratório da instituição no Rio de Janeiro. A coleta de material foi solicitada diante da falta de transparência nas informações prestadas pelo governo daquele país ao governo do Mato Grosso do Sul. A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério enviou hoje um documento ao Panaftosa solicitando "um papel mais ativo" diante das características do episódio e do risco que o retorno da aftosa na região representa para os demais países da América Latina. O secretário Luiz Carlos de Oliveira também enviou ofício ao Comitê de Sanidade dos Países da Bacia do Prata (formado pela Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil) para examinar a situação. "O Brasil não pode mais correr riscos pelo não cumprimento das medidas determinadas pelo Código de Defesa Internacional pelo Paraguai", disse o secretário. O ministro interino Márcio Fortes reafirmou que a fronteira entre o Brasil e Paraguai permanecerá fechada até que existam informações conclusivas sobre a situação no Paraguai com relação à doença. Hoje, o Ministério da Agricultura repassou R$ 450 mil ao Ministério da Defesa, por determinação do presidente Fernando Henrique Cardoso para que o Exército e a Aeronáutica possam atuar nos municípios que fazem fronteira no Mato Grosso do Sul com a área de risco no Paraguai. As forças armadas atuarão nos municípios de Sete Quedas, Paranhos, Japorã e Iguatemi.

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