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Governo gasta R$ 15,5 bilhões com juros em setembro

Por FABIO GRANER E GUSTAVO FREIRE
Atualização:

Os gastos com juros nominais do setor público em setembro somaram R$ 15,5 bilhões, ante R$ 10,9 bilhões em setembro de 2006. O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) teve despesas com juros de R$ 9,622 bilhões, enquanto os governos dos Estados e municípios, R$ 6,198 bilhões. As empresas estatais computaram uma receita de R$ 347 milhões. O chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, Altamir Lopes, prevê que a dívida líquida do setor público deverá ficar estável no mês de outubro em 43,5% do Produto Interno Bruto (PIB). "A estabilidade ocorrerá a despeito da valorização no câmbio", afirmou. Para o final do ano, o chefe do Depec manteve a projeção de dívida líquida em 44% do PIB. Dentro da meta O chefe do Depec afirmou que o superávit primário (saldo das contas do governo sem contar as despesas com o pagamento de juros) do setor público poderá cair abaixo de 4,05% do PIB nos últimos meses do ano. Ele lembrou que há uma concentração maior de gastos no último trimestre do ano em todas as esferas do governo. "Normalmente há o pagamento do décimo terceiro salário e das férias no fim do ano", disse. Altamir Lopes lembrou que a meta do superávit primário do setor público para o ano é de R$ 95,9 bilhões, que corresponde a 3,8% do PIB. Pelas contas do chefe do Depec, o setor público precisará alcançar uma média mensal de R$ 1,56 bilhão até o final do ano para que a meta de superávit primário seja cumprida. Ele lembrou, entretanto, que os meses de dezembro costumam registrar déficit primário. No ano passado, o déficit primário do setor público em dezembro foi de R$ 6,5 bilhões e em dezembro de 2005 foi de R$ 5,1 bilhões. Ao mesmo tempo, Altamir enfatizou que não há risco de descumprimento da meta para o ano.

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