PUBLICIDADE

Publicidade

Governo instala gabinete em ministério para acompanhar desdobramentos de ataques a refinarias

Ideia é manter o presidente Jair Bolsonaro informado sobre os desdobramentos e estude 'planos de ação' para 'conter eventuais consequências que possam impactar nosso País'

Por Mateus Vargas
Atualização:

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, disse nesta terça-feira, 17, que o governo instalou um gabinete no Ministério das Minas e Energia para acompanhar impactos sobre preços de combustível no Brasil após ataques a refinarias da Arábia Saudita.

O general de divisão Otávio Santana do Rêgo Barros, porta-voz do Palácio do Planalto. Foto: Ageu de Souza/Exército Brasileiro

PUBLICIDADE

Segundo o porta-voz, a ideia é que o gabinete mantenha o presidente Jair Bolsonaro informado sobre os desdobramentos e estude "planos de ação" para "conter eventuais consequências que possam impactar nosso País".

O general afirmou ainda que, para o presidente, a política de preço de combustível é de responsabilidade da Petrobrás. "Presidente vem vocalizando isso", disse Rêgo Barros. "Conversei com o presidente da Petrobrás, e ele disse que, como é algo atípico, ele (Castello Branco) não deve mexer no preço do combustível", disse Bolsonaro, na segunda-feira ao Jornal da Record.

Os ataques a instalações da petroleira estatal Aramco na Arábia Saudita no fim de semana provocaram uma disparada nos preços do petróleo, com o barril de Brent registrando nesta segunda-feira (16) a maior alta durante uma sessão desde a Guerra do Golfo, em 1991. Isso em meio a preocupações com a redução da oferta global da principal fonte de combustível do planeta e a elevação da tensão geopolítica entre Estados Unidos e Irã.

Os danos provocados pela ação do sábado , 14, na qual foram usados supostamente drones, cortaram pela metade a produção do maior exportador mundial de petróleo. Ela ficou reduzida a de cerca de 5,7 milhões de barris por dia, o que representa mais de 5% do suprimento global atual.

Salário mínimo 

O porta-voz disse que Bolsonaro não se manifestou sobre estudo da equipe econômica para congelamento do salário mínimo. Segundo Rêgo Barros, "aspectos técnicos" sobre economia são capitaneados pelo ministro Paulo Guedes.

Publicidade

Como mostrou o Estadão/Broadcast, a equipe econômica avalia retirar da Constituição Federal a previsão de que o salário mínimo seja corrigido pela inflação.

Rêgo Barros também não comentou sobre quanto o governo estima desbloquear do Orçamento. Mais cedo, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, confirmou ao Estadão/Broadcast que o descontingenciamento deve chegar a R$ 12 bilhões neste mês.

O porta-voz disse que o assunto é tratado no Ministério da Economia. "No prazo mais breve possível (o Ministério) irá revelar de forma transparente como imagina a condução deste processo para permitir que nosso governo chegue a bom porto ao final do ano, sem ofender questões de responsabilidade fiscais, que são tão importantes sob a ótica do presidente", disse.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.