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Com revés no TCU, governo vê ‘janela’ de venda da Eletrobras até agosto

Comando da Eletrobras avalia que agosto seria nova ‘data limite’ para oferta de ações no mercado

Foto do author Marlla Sabino
Por Marlla Sabino e Guilherme Pimenta
Atualização:

BRASÍLIA - Apesar de o Tribunal de Contas da União (TCU) ter inviabilizado os planos iniciais do governo de realizar a privatização da Eletrobras já no próximo mês, o comando da empresa avalia que ainda seria possível realizar a operação neste ano, mas em uma nova “janela” de datas até agosto.

Até então, o governo trabalhava com o cronograma de realizar a desestatização até 13 de maio, mas a discussão no órgão fiscalizador só deve ser retomada no dia 11, devido a pedido de vista apresentado pelo ministro Vital do Rêgo.

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A mesma avaliação tem um analista de um grande banco estrangeiro, que falou na condição de anonimato. Embora ele admita que uma operação em maio, como queria o governo, seria melhor, tendo em vista o fluxo de recursos que tem buscado se posicionar no setor de energia, uma venda em julho ou agosto não seria inviável. Ele ainda aposta em “demanda forte” pelas ações da estatal.

Com a decisão do TCU, o governo não poderá mais usar o balanço do quarto trimestre de 2021 na modelagem da operação e terá de basear a operação nos dados do primeiro trimestre deste ano – previsto para ser divulgado em 16 de maio.

Sede da Eletrobras;governo vê possibilidade de a venda da estatal ser concretizada até agosto Foto: Wilton Júnior/Estadão

‘Novidades’

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No governo, técnicos criticaram a decisão do TCU e dizem, nos bastidores, temer que o órgão apareça com o que chamaram de “novidades” quando o processo voltar à pauta, inviabilizando o processo. O temor é principalmente no caso de o Tribunal determinar revisões de pontos que façam o processo ser reiniciado. Do contrário, há a esperança de concluir o processo em junho.

Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, a avaliação tanto no governo como em parte do mercado é de que deixar a privatização para agosto poderia trazer uma série de obstáculos, já que a proximidade das eleições traz mais restrições para fundos interessados em investir no País, além de coincidir com o período de férias de países do hemisfério Norte. / COLABOROU LUCIANO COLLET

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