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Governo japonês tentará evitar crise financeira

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, reiterou hoje que o governo fará o que for necessário para evitar uma crise financeira. Ele acrescentou que o governo estaria preparado para lidar com qualquer problema e que não hesitaria em tomar decisões para estabilizar o sistema financeiro, embora considere que, atualmente, os bancos não necessitem de recursos dos contribuintes. "No momento, as condições não pedem outra injeção de fundos públicos", disse. "No entanto, tomaremos medidas para evitar confusão econômica e instabilidade financeira. Se tais condições surgirem, consideraremos qualquer medida que for necessária", acrescentou. As afirmações de Koizumi seguem-se aos comentários de outras autoridades do governo, que alertaram sobre a necessidade de uma preparação para usar fundos públicos no caso de outro colapso no sistema bancário. A legislação japonesa atual permite que dinheiro público seja usado se houver temores de que os problemas de um banco possam causar prejuízos ao sistema bancário nacional ou regional. Ontem, o ministro da economia e de política fiscal, Heizo Takenaka, afirmou que o primeiro-ministro poderá adiar os planos para introduzir um esquema de seguro de depósitos bancários limitados se houver riscos de desaquecimento econômico. A imposição de um teto para os seguros de depósitos deve ser implementada em abril. Ele ressaltou também que o governo "não hesitará em utilizar dinheiro público para oferecer apoio ao sistema financeiro, se necessário". "Não sabemos o que acontecerá e quando os riscos de desaceleração maior da economia implicarão necessidade de injeção de capital público", afirmou. Takenaka disse também que tais riscos estão ligados aos problemas de créditos podres do setor corporativo, que poderiam atrapalhar qualquer cenário que mostrasse sinais de recuperação econômica. Segundo analistas, os problemas de crédito do Japão, assim como dívidas excessivamente altas de empresas, não permitem que o país se recupere e se torne, como no passado, uma locomotiva para o crescimento econômico da Ásia.

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