
18 de junho de 2009 | 19h28
Appy informou também que o governo não desistiu de taxar os rendimentos da poupança nas aplicações acima de R$ 50 mil, a partir de 2010. Segundo ele, o momento de encaminhar o projeto de lei ao Congresso é uma decisão política. O secretário disse que o governo continua trabalhando com o cenário divulgado em maio durante o anúncio da medida. "O modelo que a gente propôs para a poupança cria condições para baixar os juros (Selic) até 7% sem gerar grandes distorções no sistema financeiro. Abaixo de 7%, a gente precisa pensar em outro modelo", explicou.
Para o secretário, não é apenas o rendimento que pesa na decisão do investidor ao escolher a modalidade de aplicação. "Tem outras questões. Os fundos têm a conveniência de sacar qualquer dia, que a rentabilidade é preservada. Na poupança, se o saque ocorre um dia antes do aniversário, perde todo o rendimento do mês", destacou. "Tem que pesar os pós e os contras".
Appy acredita que neste momento não há uma diferença brutal na rentabilidade entre os fundos de investimento e a poupança. "Com juros muito mais baixos, esta diferença pode ficar mais importante". O secretário disse que os fundos de investimento com taxas de administração acima de 2% já tinham perdido competitividade antes. "Não tem mais quase dinheiro nesses fundos, já não tinham. Não faz sentido nenhum ter investimento com taxas muito altas com juros baixos", argumentou.
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