Publicidade

Governo não deve conseguir levar inflação à meta, diz BC

Foto do author Adriana Fernandes
Por Adriana Fernandes e CÉLIA FROUFE E RENATA VERÍSSIMO
Atualização:

A presidente Dilma Rousseff deve encerrar seu governo, em 2014, sem conseguir fazer a convergência da inflação para o centro da meta de inflação, de 4,5%. A inflação deve começar a ceder lentamente no mandato do próximo presidente, já que o BC projeta que a inflação se manterá em 5,6% acumulados em 12 meses no primeiro e no segundo trimestre de 2015. No entanto, a projeção é maior do que a do relatório anterior, quando a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para os dois trimestres foi de 5,4%.Ainda por este cenário, o IPCA acumulado em 12 meses no terceiro trimestre de 2015 foi mantido no relatório divulgado nesta segunda-feira, 30, em 5,5%. Pelo cenário de referência, o IPCA fechará o governo Dilma em 5,7%. O valor está abaixo, no entanto, do IPCA de 5,91% registrado em 2010, no último ano do governo Lula. No início do governo, a presidente Dilma se comprometeu publicamente com a convergência da inflação para o centro da meta. O presidente do BC chegou a afirmar que a convergência se daria no segundo semestre deste ano.2013O IPCA acumulado em 12 meses vai fechar o terceiro trimestre de 2013 em 5,9%, projeta o BC no cenário de referência do relatório. A estimativa de IPCA era de 6,2% no relatório anterior. Ainda no cenário de referência, a projeção recua a partir do quarto trimestre desta ano, quando fechará em 5,8%, ante 6% no relatório anterior. A projeção para o acumulado em 12 meses no primeiro trimestre de 2014 é de 5,8%, caindo para 5,6% no acumulado em 12 meses até o segundo trimestre de 2014, voltando para 5,8% no terceiro trimestre e encerrando 2014 em 5,7%. A projeção para o próximo ano é maior que a do relatório anterior, quando o BC estimava um IPCA de 5,4% no fechamento do ano. A probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o teto da meta em 2013 passou de 29% para 17%. Para 2014, o risco de estouro da meta passou de "em torno de 25%" para 29%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.