Governo não prevê reajuste para servidores em 2022, mas abre 41,7 mil vagas para concursos

Bruno Funchal, secretário especial da Economia, disse que Orçamento para o ano que vem 'já está muito apertado', mas destacou que governo não realizou nenhum concurso nestes três primeiros anos

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Por Eduardo Rodrigues, Idiana Tomazelli e Lorenna Rodrigues
1 min de leitura

BRASÍLIA - O secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, disse nesta terça-feira, 31, que o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2022 não tem previsão de reajuste salarial para os servidores públicos civis. No entanto, o governo vai abrir concurso para 41,7 mil vagas no ano que vem.

"O Orçamento já está muito apertado. Mas tendo algum tipo de mudança por conta do que está em discussão sobre o pagamento de precatórios (dívidas judiciais), vão ser definidas as prioridades no orçamento (com o novo espaço que seria aberto). Outras discussões serão feitas ao longo do processo orçamentário", afirmou.

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Segundo Bruno Funchal, 'houve represamento ao longo de três anos' nos concursos. Foto: Edu Andrade/Ministério da Economia

Funchal lembrou que o governo Bolsonaro não realizou nenhum concurso nestes três primeiros anos. "Mas há a questão de necessidade, e estudos são feitos sempre pela Secretaria de Gestão. Temos a previsão de algum concurso", completou.

O secretário do Orçamento Federal, Ariosto Culau, admitiu que há um "represamento" na demanda de vários órgãos por concursos públicos. Segundo ele, há a previsão de ingresso 41.700 vagas em concursos públicos. "Temos um volume grande para agências reguladores e para o Ministério da Educação. Não houve espaço no orçamento para reajustes, apenas recomposição da força de trabalho", acrescentou.

"Houve represamento ao longo de três anos [nos concursos], só refuta que não tem finalidade eleitoreira, mas atender necessidades da administração publica”, afirmou Culau.

De acordo com o PLOA, o gasto com pessoal passará de R$ 332,355 bilhões em 2021 para R $ 342.798 em 2022. Segundo Culau, o crescimento do gasto se deve principalmente ao reajuste concedido aos militares. 

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