A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, 22, durante cerimônia de inauguração de uma usina de álcool em Piracicaba, interior de São Paulo, que o Brasil passa por um momento de transição na economia, em função da alteração nas condições internacionais, como o fim do superciclo das commodities. Segundo ela, o governo persegue o reequilíbrio das contas públicas, que é essencial para que a economia se recupere.
"Estamos atualizando as bases da nossa economia e vamos voltar a crescer dentro do nosso potencial", disse a presidente, ressaltando que o momento de travessia também apresenta possibilidades. A declaração foi dada em um momento em que o governo discute a redução da meta de superávit primário que, segundo fontes, deve passar de 1,1% do PIB para algo pouco acima de zero.
A presidente defendeu que, neste momento de "travessia", o País busque "sempre maior produtividade, menores custos e maiores inovações para garantir emprego e crescimento". Dilma falou ainda sobre o ajuste macroeconômicos e disse que algumas medidas já dão resultados, como o realinhamento dos preços.
Segundo a presidente, o governo vai continuar tomando medidas microeconômicas para facilitar a atividade e garantir ambiente de negócios mais amigável. Dilma prometeu ampliar concessões e "fazer um imenso esforço para manter os principais programas em funcionamento", disse citando o Minha Casa Minha Vida.
A ampliação da classe média é, segundo palavras de Dilma, a prioridade do governo. "Queremos consolidar a classe média. Queremos que o Brasil seja um país de classe média", disse Dilma.