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Governo pode aceitar prazo para MP 443, diz Mantega

Medida Provisória que permite que BB e Caixa estatizem bancos privados será votada na próxima 4ª na Câmara

Por Fabio Graner , Leonardo Goy e da Agência Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira, 30, que aceita discutir o estabelecimento de um prazo do poder dado pela MP 443 para a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil comprarem outras instituições financeiras. "Pode ser colocado um prazo. A solução pode ser esta", afirmou, na audiência pública na CAE.   Veja também: Veja os reflexos da crise financeira em todo o mundo Lições de 29 Veja o que muda com a Medida Provisória 443 Veja as semelhanças entre a MP 443 e o pacote britânico Como o mundo reage à crise  Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise Dicionário da crise    Mantega negou qualquer intenção estatizante na edição da MP, embora reconheça que os parlamentares não acreditarão nessa versão. Ele lembrou que é isso o que está ocorrendo nos países desenvolvidos, mas ressaltou que a situação naquelas economias é bem diferente da brasileira.   O ministro disse não gostar da idéia de o Tesouro Nacional fazer diretamente operações de salvamento de bancos. "É muito mais complicado fazer com o Tesouro porque uma operação financeira se tornará uma operação fiscal", argumentou. Ele destacou que quando os bancos públicos eventualmente comprarem outras instituições será uma operação comercial, objetivando ganhos.   Nesta quinta, o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), anunciou que a MP 443 deverá ser votada na próxima quarta-feira, dia 5 de novembro. "Pretendemos concluir a votação no mesmo dia", disse o deputado.   Chinaglia observou que, antes de votar a MP 443, o plenário da Câmara deverá concluir a votação dos destaques apresentados ao projeto de lei que cria o Fundo Soberano do Brasil. Na manhã desta quinta, foram votados e derrubados dois destaques da oposição a essa MP. Para terça-feira, está prevista a votação de outros quatro destaques de oposicionistas.   (Eugênia Lopes, de O Estado de S. Paulo)

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