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Governo pode estudar retorno à energia nuclear, diz Rondeau

Segundo o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, a geração térmica deve ganhar espaço na matriz energética brasileira a partir de 2020

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, afirmou nesta segunda-feira que o governo pode estudar um retorno à energia nuclear, abandonada desde o fim do programa nuclear brasileiro da década de 70. Segundo ele, a geração térmica deve ganhar espaço na matriz energética brasileira a partir de 2020, já que ganhará competitividade na comparação com as usinas hidrelétricas. Sem dar maiores detalhes, Rondeau afirmou que a energia nuclear é uma possibilidade para ampliar o potencial gerador do País no longo prazo. O Ministério de Minas e Energia finaliza os estudos para a elaboração do Plano Nacional de Energia 2030, uma visão de longo prazo do setor, que deve ser lançado em outubro. Um dos objetivos do MME é ampliar o uso de energias renováveis, como biocombustíveis, acrescentou o ministro, manter a auto-suficiência na produção de petróleo e conquistar a independência na produção de gás. "Queremos atingir a independência em todos os combustíveis", afirmou, durante palestra de abertura da feira Rio Oil & Gás. O ministro citou o caso do diesel, que o Brasil importa atualmente, mas deve se tornar menos dependente à medida em que o biodiesel ganhe espaço. "Devido ao grande interesse demonstrado pelo pessoal do agronegócio, é possível que algumas metas sejam antecipadas", afirmou, referindo-se à meta de misturar 5% de diesel vegetal ao derivado do petróleo em 2013. Em entrevista depois da palestra, Rondeau afirmou que, após a conquista da auto-suficiência, o Brasil pode administrar as reservas de petróleo, procurando mais gás ao invés de promover uma "correria desenfreada" por novas reservas de petróleo. Por isso, o governo decidiu retirar a Bacia de Campos do próximo leilão da Agência Nacional do Petróleo. Rondeu disse, porém, que ainda não há política definida para o leilão de 2008.

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