20 de março de 2010 | 00h00
Com a redução da percepção de risco de calote pela Grécia e o anúncio do Fed de manter nos EUA as taxas de juros perto de zero por "um período prolongado", a avaliação é de que uma janela de oportunidade para a emissão brasileira se abriu novamente no mercado externo. Esses dois fatores alimentam a expectativa de que a grande quantidade de dinheiro no mercado de dívida emergente não vai secar em breve.
Investidores externos têm feito prospecções com autoridades do governo sobre a possibilidade de uma nova captação. O Brasil fez sua última captação soberana no final do ano passado, quando conseguiu vender US$ 500 milhões de títulos atrelados ao dólar pagando a menor taxa de juros da história para um bônus da dívida externa brasileira.
Com prazo de vencimento de 10 anos, o Global 2019 foi emitido com taxa de retorno ao investidor de 4,75%.
Os rumores no mercado sobre a iminência de uma nova captação aumentaram ontem com a ida a Cancún, no México, de uma equipe do Tesouro e outras autoridades brasileiras para reuniões com investidores, durante o encontro anual de governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O subsecretário de Dívida Pública do Tesouro Nacional, Paulo Valle, informou à Agência Estado, por telefone, que as reuniões com investidores são de "rotina" e que não há nenhuma definição sobre uma nova captação.
Valle reconheceu que as condições do mercado melhoraram nos últimos dias e o que o mercado de bônus de dívida soberano está "aquecido" e que o "apetite" por Brasil segue em alta.
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