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Governo prepara acordo comercial com o México

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de mais de dois anos de negociação, o governo pretende concluir, no próximo dia 11, o acordo de redução de tarifas de importação no comércio com o México. Trata-se do item prioritário da agenda de negociações comerciais do País. Na última quinta-feira, os ministros que compõem a Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiram dar impulso também a outras duas discussões em maturação - o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Comunidade Andina e a revisão das regras da política automotiva Brasil-Argentina. Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, o capítulo sobre o setor automotivo do acordo com o México está "praticamente fechado" e significará um acréscimo substancial no comércio entre os dois países. Amaral, entretanto, ambiciona ampliar a gama de setores envolvidos no acordo, que excluiu segmentos considerados sensíveis por ambos os lados. Uma vez fechado, esse acordo permitirá o início das conversas sobre o livre comércio entre o Mercosul e o México. A retomada das negociações entre o Mercosul e a Comunidade Andina foi um dos principais temas das conversas de hoje do chanceler do Peru, Diego García-Sayán, com Amaral e com o ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer. Na estratégia do Brasil, a aliança entre o Mercosul e os países andinos permitirá maior coesão desses parceiros nas negociações da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), que entram em fase decisiva partir de 2003. A pressa na assinatura do acordo com os andinos também é motivada por uma razão prática. No próximo dia 30 de junho, termina a vigência do acerto entre o Brasil e os andinos para a redução das tarifas de importação de uma série de produtos. Amaral afirmou que não pretende prorrogar o acordo por mais de dois meses. "Não podemos continuar em um sistema provisório", afirmou o ministro do Desenvolvimento. Amaral afirmou ainda que o governo continua empenhado em fechar a nova versão do acordo automotivo com a Argentina, empacado principalmente pelos desdobramentos da crise no país vizinho. O ministro, entretanto, admitiu que as discussões são travadas também por conta do dilema jurídico no Brasil sobre punição das montadoras que extrapolaram os limites vigentes para a importação de veículos argentinos no ano passado. O governo, em princípio, estaria disposto a relaxar a "multa" - o recolhimento de 75% da tarifa de importação sobre os automóveis que ultrapassaram esses limites. Mas, por princípio, deve seguir a legislação. A decisão deverá ser tomada somente depois do próximo dia 15, quando as empresas entregarão ao governo o relatório final de seus desempenhos no comércio com a Argentina.

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