BRASÍLIA - O futuro presidente do BNDES, Joaquim Levy, disse nesta quinta-feira, 6, que o presidente eleito Jair Bolsonaro já deu a orientação de que a expectativa é de que a reforma da previdência seja aprovada no primeiro semestre de 2019. "Não tem razão para não ser assim", disse.
Em uma conversa com jornalistas durante café da manhã no Tribunal de Contas da União (TCU), ele foi questionado sobre sua visão com relação à reforma e a declaração de Bolsonaro sobre o fatiamento da proposta. A uma pergunta sobre o fatiamento, ele disse que tem a reforma do regime da previdência, com a fixação da idade mínima, e depois há outras "coisas" que podem ser feitas no tempo, sem dar detalhes.
Ele só destacou que a fixação de uma idade mínima é um ponto fundamental e importante para dar clareza à previdência social.
BNDES
Ao tratar especificamente de seu futuro mandato no BNDES, Levy afirmou que o banco de fomento vai trabalhar na mobilização de recursos para a volta do crescimento e, consequentemente, do investimento no País. Segundo ele, o investimento é o primeiro passo para o crescimento e é preciso ter confiança.
Levy disse que tem tido conversas muito próximas com a equipe de transição e hoje participa de reunião com o presidente eleito do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro José Múcio Monteiro.
Múcio Monteiro oferecia um café a jornalistas, quando Levy chegou ao tribunal e acabou sendo convidado para comer um bolo de rolo, doce tradicional de Pernambuco, Estado de origem do presidente eleito do TCU.
Levy disse ainda que irá trabalhar para fortalecer a transparência e o compliance do BNDES. Ele afirmou que os processos têm de ser bem definidos. Segundo ele, o BNDES já tem uma forma de relacionamento importante com o tribunal de contas e deve fortalecer também esse processo. Levy disse que o atual presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, trabalhou para essa aproximação com o tribunal de contas.
Segundo ele, o banco tem uma equipe muito boa e descartou uma paralisação do corpo técnico do BNDES em função das pressões que surgiram para a abertura da chamada "caixa preta" das informações do banco. Levy disse que seu trabalho será dar condições para que o corpo técnico trabalhe com segurança.