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Governo quer incentivar poupança

Com o objetivo de aumentar o dinheiro disponível para crédito imobiliário, o governo quer incentivar os depósitos em conta de poupança. Para isso, pensa em permitir a dedução de parte dos rendimentos da aplicação na declaração do IR.

Por Agencia Estado
Atualização:

A caderneta de poupança poderá ter mais incentivos para o investidor. Para estimular o aumento dos depósitos, em queda desde o início do ano, e garantir mais recursos para o financiamento habitacional, o governo pensa em permitir que um porcentual do rendimento dos recursos aplicados em poupança seja dedutível do Imposto de Renda (IR). Os depósitos em caderneta de poupança já são isentos do IR. O incentivo ao poupador é uma das inúmeras medidas em estudo pela área técnica do governo para deslanchar o financiamento habitacional. As medidas deverão ser encaminhadas ao presidente Fernando Henrique Cardoso na próxima quarta-feira. Entre elas, está previsto um incentivo ao mutuário. Os técnicos sugerem que um porcentual dos juros pagos no financiamento também possa ser abatido do Imposto de Renda. O resultado pode não ser percebido no aumento de crédito imobiliário Outra medida em exame é a que trata de acabar com as excepcionalidades no direcionamento obrigatório dos depósitos captados em poupança pelos bancos. O porcentual, hoje, de aplicação obrigatória no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), é de 60%, devendo subir para 65% em setembro. O problema é que os bancos já oferecem o limite total de crédito. As instituições que estão abaixo do limite, ao invés de destinarem recursos para a habitação, acabam comprando letras e créditos imobiliários de outros bancos, ficando, assim, dentro do limite. A idéia do governo é acabar com essa excepcionalidade, e obrigar os bancos a efetivamente aplicar em habitação. Veja na seqüência matéria sobre as propostas em relação à forma de remuneração da poupança.

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