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Governo quer incluir artesanato nas exportações

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo está intensificando os esforços para melhorar a comercialização do artesanto brasileiro no mercado interno e no exterior. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior definiu algumas linhas de ação e estuda projetos que possam estimular as exportações de produtos artesanais. O setor movimenta cerca de R$ 28 bilhões por ano e é considerado pelo governo uma " opção relevante" na pauta de exportação brasileira. Também é considerado uma possibilidade importante na geração de ocupação e renda. Oito milhões e meio de pessoas vivem do artesanato brasileiro, engordando as estatísticas do mercado informal. " Todo mundo tem o artesanto incorporado no dia a dia mas não se dá conta disso", afirmou a Coordenadora do Programa do Artesanto Brasileiro (PAB) do Ministério do Desenvolvimento, Márcia Alves. Entre os dias 12 e 14 de junho, acontecerá em Natal o 5º Encontro Nacional de Coordenadores Estaduais de Artesanato. Na pauta, a melhoria da qualidade do produto artesanal e o incremento da comercialização. O resultado da discussão também servirá para alinhavar vários projetos que estão sendo estudados pelo governo, segundo explicou Márcia Alves. Ela não quis detalhar os projetos mas informou que serão voltados para o incremento das exportações. O governo não tem um levantamento de quanto o setor representa para a balança comercial. As exportações de artesanato são contabilizadas dentro dos diversos setores - como têxtil, couro e calçados, dependendo da matéria-prima utilizada na confecção do produto. O Banco do Nordeste (BNB) também lançará dentro de 3 meses um kit com padrões de embalagem que devem ser utilizadas pelos artesãos. Segundo Márcia Alves, a falta de embalagens adequadas prejudica a venda dos produtos. Vários turistas deixam de comprar o artesanato local por falta de embalagem adequada para o transporte ou até mesmo por falta de embrulhos para presente. Márcia Alves destaca ainda que o programa representa uma nova oportunidade de ocupação. "Estamos imaginando que a comunidade local ou o próprio artesão trabalhe na confecção das embalagens", disse. Além de agregar valor aos produtos artesanais e aumentar a renda do setor. O BNB, informou Márcia Alves, está estudando uma linha de financiamento destinada a fabricação das embalagens. O banco atua nos estados do nordeste e no norte de Minas Gerais e Espírito Santo. O Ministério do Desenvolvimento ainda está negociando com a fabricante de linhas Círculo para que as bordadeiras possam comprar as linhas direto da fábrica, reduzindo os custos. O governo espera fechar um acordo ainda este ano. Também foi fechada uma parceria com a rede de supermercados Pão de Açúcar. As lojas em todo País terão estandes para a comercialização do artesanato local. O projeto piloto será desenvolvido nas 5 lojas do Distrito Federal. Entre 5 de junho e 6 de julho, os artesãos brasilienses terão a oportunidade de mostrar e comercializar seus produtos. O Ministério do Desenvolvimento ajudou na padronização dos estandes e no treinamento dos artesãos para o atendimento ao público. Márcia Alves disse que o projeto será ampliado para as 230 lojas do Pão de Açúcar em todo Brasil. As mostras serão períodicas possibiliatando a participação de novos artesãos. Ainda como parte da estratégia de divulgação, o Ministério do Desenvolvimento lançou o livro A Arte do Artesanto Brasileiro, com versões em português, inglês e espanhol, que retrata o artesanato nacional por Estado. A publicação foi enviada a todas as representações diplomáticas brasileiras no exterior e a lojistas. Também é apresentada em exposições internacionais, como a Feira de Milão que acontece em julho, e em missões oficiais.

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