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Governo quer IPCA nos contratos de reajuste para energia

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo está inclinado a definir o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - índice de preços calculado pelo IBGE e utilizado pelo Banco Central como referencial para a meta de inflação - como o principal indicador para o reajuste do setor elétrico. Segundo a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, essa é a sua posição pessoal e refletiria também a posição do Ministério da Fazenda para o setor elétrico. Dilma informou que o Ministério de Minas e Energia propôs esse índice na audiência pública que está em andamento regulamentando o leilão de energia velha marcado para 30 de novembro. Ela disse que não sabe porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não aceitou a sugestão do Ministério e não incluiu o IPCA no edital de audiência pública. Dilma justificou a opção pelo IPCA e não pelo IGPM, como é usual atualmente, alegando que o setor tem sido financiado basicamente com recursos internos, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Se o setor não está tomando financiamento em dólar, haverá uma enorme transferência de renda se for utilizado esse indicador para o reajuste das tarifas", justificou. O IGP-M é composto por três índices: Índice de Preços no Atacado (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representam 60%, 30% e 10%, respectivamente, do IGP-M. Trata-se de um índice calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e que é muito influenciado pelo comportamento do dólar.

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