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Governo rebate recomendação da Goldman Sachs

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro das Comunicações, Juarez Quadros, criticou, hoje, o relatório do banco de investimentos Goldman Sachs por ter aconselhado seus clientes a trocarem investimentos no Brasil nos setores de telecomunicações, bancos e energia elétrica por aplicações no México. "Essa posição assumida por bancos de investimentos é algo de quem não conhece o mercado", afirmou o ministro. Lembrou que o próprio Goldman Sachs aconselha os clientes a investirem em empresas com perfil exportador, e, segundo Quadros, a maior parte da indústria de telecomunicações instalada no Brasil é de empresas exportadoras. O ministro lembrou que o Brasil tem a quinta planta de telefonia fixa do mundo, a terceira de telefonia pública e a sexta de telefonia celular, constituindo um bom mercado. O ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, que esteve hoje no Ministério das Comunicações, disse, ao sair, que faltam objetividade e critérios aos bancos no momento em que elaboram essas análises. Na avaliação de Lafer, os bancos deveriam levar em conta o tamanho do mercado brasileiro, o marco regulatório e o que já foi feito no setor. "Citando Joelmir Beting: ´Muitas dessas avaliações são uma combinação de álgebra financeira, especulação e astrologia´ ", disse o ministro das Relações Exteriores. O ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, disse também, por intermédio de sua assessoria, que considera conjunturais as avaliações em que o banco de investimentos Goldman Sachs desaconselhou investimentos em empresas do setor de energia elétrica no Brasil. "Com as medidas de revitalização (do setor elétrico), o ambiente brasileiro se tornará cada vez mais atrativo", previu Gomide. Ele previu que os investidores saberão avaliar o potencial do mercado brasileiro e as vantagens competitivas que apresenta em relação a outros países".

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