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Governo retoma emissão de títulos pré-fixados

Por Agencia Estado
Atualização:

O Tesouro Nacional volta nesta terça-feira a ofertar ao mercado financeiro títulos da dívida pública com rentabilidade pré-fixada, as chamadas Letras do Tesouro Nacional (LTNs). O sucesso na venda desses papéis, que não são emitidos desde setembro do ano passado, será um importante indicador para a equipe econômica, já que indicaria um sinal de melhora na confiança do mercado na administração da dívida pública. No leilão deste terça, o Tesouro ofertará 500 mil LTNs com vencimento em 1º de outubro, o que significa papel com prazo de 217 dias. É uma emissão pequena, que funcionará como um teste de aceitação dos papéis. O Tesouro também vai repassar ao Banco Central 1 milhão de LTNs com as mesmas características dos papéis que estarão sendo leiloados para as instituições financeiras. O Tesouro também ofertará nesta terça-feira até 3,5 milhões de títulos com rentabilidade pós-fixada, as chamadas Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), com vencimentos entre setembro de 2003 e maio de 2004. Para o governo, o aumento da participação do papel pré-fixado na dívida é importante, já que a rentabilidade é definida antes da venda, o que facilita o gerenciamento da dívida. Isso porque, mesmo havendo um aumento dos juros antes do vencimento do título, o governo não precisa reajustar a remuneração que será paga ao detentor do papel. No caso dos títulos pós-fixados, qualquer alteração nos juros afeta a rentabilidade do título. Com o aumento das incertezas sobre o futuro da economia brasileira, ao longo do segundo semestre de 2002, o governo acabou não conseguindo leiloar os papéis pré-fixados. A falta de colocações fez com que a participação desses títulos na dívida caísse para menos de 2% do total, o pior índice já registrado desde 1999. Um dos objetivos do Tesouro Nacional este ano é ampliar para um intervalo entre 5% e 15% da dívida a participação dos papéis com rentabilidade pré-fixada. Junto com isso, o governo também pretende alongar, gradativamente, o prazo dos títulos que são ofertados ao mercado.

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