PUBLICIDADE

Publicidade

Governo terá de mudar poupança, diz Febraban

Por Ricardo Leopoldo
Atualização:

O economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, avaliou como correto o sinal emitido pelo governo de que deve ocorrer uma redução na cobrança de impostos sobre fundos de investimento para compensar o atual nível de rentabilidade da poupança. Contudo, defende, com a tendência de queda da taxa básica de juros, a Selic, haverá redução da remuneração de vários ativos financeiros e, provavelmente, também será preciso alterar o rendimento da caderneta de poupança. "O rendimento da poupança hoje é de 6,17% mais a TR (Taxa Referencial). Esse é um patamar de rendimento substancial, que talvez precise ser modificado com a continuidade da queda da Selic", disse. Para Sardenberg, a questão deveria ser vista por um lado mais positivo, que é a estabilização da economia em níveis que permitem a redução mais expressiva dos juros. De acordo a Febraban, a Selic deve fechar o ano em 9,25%. Embora a pesquisa aponte que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar estável este ano - a média das estimativas de 31 instituições financeiras aponta para -0,01% -, Sardenberg avalia que, se a economia internacional apresentar sinais mais firmes de melhora nos próximos meses, é provável que as expectativas fiquem mais próximas da projeção de alta de 1,2% feita pelo Banco Central (BC). A melhora das estimativas já surge em relação às ações e o câmbio. "Muitas pessoas passaram a avaliar que a tendência da cotação do real ante o dólar é de apreciação, a cotação no fim do ano pode ficar abaixo de R$ 2."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.