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Governo Trump estuda aumentar tarifas para carros chineses

Em resposta à política chinesa, os Estados Unidos impuseram tarifa de 25% sobre veículos chineses, bem cima dos 2,5% que já eram normalmente cobrados

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, disse que está estudando todas as ferramentas disponíveis para aumentar as tarifas do país sobre veículos chineses para os 40% que agora são cobrados sobre os veículos dos Estados Unidos na China.

Lighthizer disse em nota, criticando as “flagrantes” tarifas sobre os automóveis norte-americanos, que está estudando o assunto por orientação do presidente Donald Trump.

Donald Trump e Xi Jinping, em 2017, na Flórida Foto: REUTERS/Carlos Barria

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A nota veio poucos dias antes de Trump se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, em Buenos Aires, em uma reunião que pode aliviar ou intensificar a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Tarifas automotivas sobre os dois lados foram aumentadas de maneira retaliativa. Os Estados Unidos impuseram tarifa de 25% sobre veículos chineses, bem cima dos 2,5% que já eram normalmente cobrados.

A China baixou as tarifas para todos os outros países para 15%, mas impôs uma tarifa adicional retaliativa de 25% aos veículos norte-americanos.

Remanejamento da produção

As exportações de veículos chineses para os Estados Unidos são relativamente pequenas. O gigante asiático exportou 53.300 veículos para o mercado norte-americano no ano passado e importou 280.208 veículos manufaturados nos Estados Unidos, de acordo com dados do Centro de Pesquisa de Tecnologia Automotiva da China, ligado ao governo chinês.

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As montadoras já estão remanejando suas produções globais para absorver as crescentes tensões comerciais entre as duas principais economias do mundo.

A Volvo, que é de propriedade da montadora chinesa Geely, planeja mudar a maior parte da produção de seu SUV campeão de vendas, XC60, voltado para exportação aos EUA, de sua unidade em Chengdu, na China, para Torslanda, na Suécia.

O governo Trump busca mudanças bruscas sobre políticas de Estado da China, incluindo novas proteções de propriedades intelectuais dos EUA no país, um fim para requisições de joint-venture, mais acesso para empresas norte-americanas no vasto mercado chinês, e cortes dos subsídios industriais do país.

"Como o presidente (Trump) repetidamente afirma, as políticas industriais agressivas, direcionadas pelo Estado (da China), estão causando danos severos às indústrias e trabalhadores dos EUA”, disse Lighthizer. “Estamos abordando essas questões com a China. Até agora, a China não trouxe propostas de reforma significativas.”

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