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Governo vai jogar pesado na redução do spread, diz Meirelles

Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, informou que convocou bancos públicos e determinou redução dos juros

Por Tania Monteiro e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

Durante a reunião do Conselho Político do governo desta quarta-feira, 18, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que "o governo vai jogar pesado na redução do spread bancário", de acordo com o relato do líder do PSB, senador Renato Casagrande (ES). Segundo o senador, Meirelles e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disseram uma exposição sobre a conjuntura econômica.   Veja também: De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, informou que já convocou os bancos públicos e determinou a eles que tomem medidas mais rápido possível para a redução dos juros. Segundo Casagrande, Lula citou nome por nome os bancos públicos e ressaltou que a Caixa Econômica já começou a reduzir. Para o presidente, ainda conforme Casagrande, é possível que os bancos públicos puxem a redução dos juros bancários para baixo.   O cenário da economia traçado por Mantega e Meirelles, de acordo com o senador, foi bastante otimista. Segundo o senador, foi mostrado que economia está mostrando recuperação, o crédito voltou aos patamares de setembro, os investimentos estrangeiros diretos não caíram, houve retomada do setor automobilístico, o rito do valor das commodities, inclusive o aço, já está voltando ao normal.   Lula também avisou que o governo não vai reduzir um centavo dos investimentos. De acordo com Casagrande, Lula disse que, ao contrário, vai aumentar os investimentos, acelerando o ritmo das obras para manter o crescimento da economia.   No entanto, o presidente afirmou que vai exigir dos bancos federais contrapartida nos financiamentos concedidos ao setor privado para evitar demissões. Segundo relato do deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), Lula disse que é preciso ter um compromisso dos tomadores de financiamento, especialmente para capital de giro, de não demitirem no prazo de pelo menos seis meses. "Tem de ter um compromisso de estabilidade do emprego", disse Lula, segundo Albuquerque. "Imagina se o Sandro Mabel (deputado) tomar dinheiro do BNDES ou do Banco do Brasil e uma semana depois demitir 100 funcionários", disse o presidente, referindo-se a um dos parlamentares presentes. Segundo o presidente esse compromisso não precisa ser cobrado no caso de financiamentos para expansão e investimentos.   (Com informações de Leonencio Nossa, de O Estado de S. Paulo)

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