O Tesouro Nacional lança em 2001 um programa de venda de títulos públicos pela Internet. A intenção é possibilitar que investidores comuns e pequenas empresas comprem diretamente papéis do Tesouro. Hoje o pequeno investidor pessoa física pode comprar apenas indiretamente os títulos públicos, por meio dos fundos de investimentos de renda fixa dos bancos. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Fábio Barbosa, serão colocados à venda somente papéis de longo prazo, que funcionariam como uma alternativa de poupança para os investidores. A forma de venda dos papéis e as regras da oferta pela Internet estão sendo elaboradas, mas o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rubens Sardenberg, adiantou que tudo será feito dentro das condições de mercado. A idéia é a oferecer apenas pequenos volumes de papéis com vencimento a longo prazo, como, por exemplo, 30 anos. Segundo ele, seriam títulos ideais para quem queira fazer a sua própria previdência privada. É possível que a venda seja feita por meio de uma cesta de títulos diferentes, inclusive papéis corrigidos por índices de preços ao consumidor, como o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), utilizado pelo governo para estabelecer as metas de inflação. Para facilitar as negociações diretas com o investidor, também está sendo estudada a possibilidade de recompra dos papéis vendidos depois de um determinado período pelo próprio Tesouro. Quem ficar mais tempo com os títulos poderá receber um prêmio maior, informou Sardenberg.