21 de março de 2022 | 21h08
BRASÍLIA - O governo reduziu tributos de importação de etanol, alguns alimentos e bens de informática e de capital. De acordo com o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, a renúncia fiscal total será de R$ 1 bilhão com as medidas. A redução será temporária, com duração até o fim do ano.
No caso dos alimentos, serão reduzidos a zero itens da cesta básica com maior peso no INPC: café (que era de 9%), margarina (10,8%), queijo (29%), macarrão (14%), açúcar (16%) e óleo de soja (9%).
Bolsonaro assina decreto do Plano Nacional de Fertilizantes, que busca reduzir dependência externa
Também foi zerado o tributo sobre etanol, que era de 18%. A intenção é que, com isso, haja um impacto de R$ 0,20 no preço da gasolina, já que o etanol é misturado no combustível.
Esse efeito se dá porque o produto é adicionado à gasolina, além de ser um concorrente direto do combustível. Ele ressaltou que houve alta de 37% no preço do etanol nos últimos 12 meses, que acaba acompanhando o movimento de subida da gasolina. "Intenção é que com redução de tributo sobre importação de etanol haja choque de oferta”, afirmou Ferraz. A medida passa a valer a partir de quarta-feira, 23, tanto no caso do etanol, quanto no dos alimentos.
Também foi reduzido em 10% a tarifa para importação de bens de informática e capital. No ano passado, o governo já havia feito uma primeira redução de 10% para esses produtos. A redução entra em vigor a partir de abril.
O corte foi aprovado em reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), grupo que reúne representantes de vários ministérios, além da Presidência.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.