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Grã-Bretanha quer 'três novos bancos' a partir de ativos nacionalizados

Governo quer incentivar concorrência e vender ativos no RBS, Lloyds e Northern Rock a 'novos atores no mercado financeiro'.

Por BBC Brasil
Atualização:

O governo britânico quer ver no mercado três novas instituições bancárias criadas a partir da venda de seus ativos no Royal Bank of Scotland (RBS), Lloyds Banking Group e Northern Rock, bancos que foram socorridos com recursos públicos. O ministro britânico das Finanças, Alistair Darling, disse à BBC que as novas cadeias bancárias atuariam no varejo, dedicando-se a operações como empréstimos imobiliários e depósitos. Para incentivar a concorrência, o governo já confirmou que as participações não seriam vendidas a grupos financeiros já existentes, mas a novos atores no mercado. "O que queremos é garantir que tenhamos competição e escolhas para o consumidor, porque esta é a melhor maneira de garantir que tenhamos mais crédito, a um custo que as pessoas podem pagar", disse. Especula-se que o grupo de varejo Tesco e o multisetorial Virgin estejam entre os compradores. Analistas têm apontado também que estas operações seriam uma "oportunidade de ouro" para grupos americanos, australianos e procedentes do Oriente Médio entrarem no mercado britânico a um custo impensável há alguns anos. O prazo para conclusão dos planos é 2015, mas Darling disse que "gostaria de ver tudo isso concluído nos próximos três a quatro anos". Mas, ele ressalvou, os ativos só seriam vendidos "no momento e ao preço correto", para evitar uma liquidação a preço muito desfavorável. O governo da Grã-Bretanha detém 43% do Lloyds, 70% do RBS e 100% do Northern Rock, e já anunciou que dividirá o Northern Rock em duas partes até o fim do ano, com a finalidade de vender a "parte boa" dentro de três ou quatro anos. 'Mercado fortalecido' Ao longo do último ano, o RBS, o Lloyds e o Northern Rock receberam uma substancial ajuda financeira dos cofres públicos. Agora, as autoridades reguladoras querem evitar que as entidades saiam na frente de outras por conta desse socorro estatal. A idéia é criar um ambiente de negócios mais conveniente para os consumidores, recuperar o dinheiro pago pelos contribuintes e fortalecer a concorrência dentro do mercado de empréstimos imobiliários. Mas antes o governo precisa da aprovação da comissária europeia de concorrência, Neelie Kroes, que está negociando com os ministros dos países europeus uma estratégia para reduzir o papel dos Estados nos bancos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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