Publicidade

Gravataí responderá pela metade da produção da GM

Será a 1ª vez que planta industrial do RS chegará a tal porcentual

Por Agencia Estado
Atualização:

A fábrica de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, vai produzir metade dos veículos que a General Motors planeja colocar no mercado brasileiro no segundo semestre deste ano. Será a primeira vez desde a inauguração, em julho de 2000, que a planta industrial do Rio Grande do Sul chegará a tal porcentual. A informação foi divulgada pelo vice-presidente da empresa, José Carlos Pinheiro Neto, nesta terça-feira, na Assembléia Legislativa gaúcha, pouco antes de uma sessão em homenagem aos dez anos do anúncio da instalação da montadora no Estado. Pinheiro Neto salientou, no entanto, que o faturamento de Gravataí não atingirá o mesmo porcentual do volume nos negócios da empresa. "Os veículos produzidos aqui (no Rio Grande do Sul) são menores", lembrou, referindo-se ao Celta e ao Prisma, mais populares e de menor preço que as linhas de São Caetano do Sul, onde a GM fabrica os automóveis Classic, Astra, Corsa e Vectra e o picape Montana, e de São José dos Campos, onde produz o os automóveis Corsa, Meriva e Zafira e as caminhonetes Montana e S 10. A empresa não divulgou a previsão de faturamento para este ano. A fábrica de Gravataí foi inaugurada em julho de 2000 e já produziu quase 800 mil unidades. No final do ano passado a montadora duplicou sua capacidade e passou a fabricar também o Prisma. Atualmente, a planta industrial coloca 28 Celtas e 15 Prismas por hora no mercado. Ao longo do ano, a GM quer vender 460 mil veículos de toda sua linha no Brasil. Segundo Pinheiro Neto, a empresa pode considerar a possibilidade de partir para o terceiro turno de trabalho no Sul se o mercado continuar aquecido. "Essa decisão é do consumidor", comentou. Em sua passagem pelo Rio Grande do Sul, o vice-presidente confirmou que a GM brasileira quer investir cerca de US$ 1 bilhão no lançamento de novos veículos no País entre 2009 e 2010, mas foi cauteloso no detalhamento dos planos. "Isso ainda está embrionário, depende de aprovação da companhia nos Estados Unidos", ressalvou. O executivo não quis adiantar qual fábrica teria chances de ganhar as novas linhas. Preferiu dizer que não descarta Gravataí, São José dos Campos, São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes e nem Rosário, na Argentina.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.