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Grécia estaria perto de acertar corte nas contas

Por ATENAS
Atualização:

A Grécia está mais perto de finalizar os cortes no orçamento exigidos pelos credores internacionais em troca de ajuda financeira depois de chegar a um acordo para eliminar 10,8 bilhões em gastos dos 11,5 bilhões necessários, disse ontem um funcionário do governo grego.Conseguir fechar as contas para o período 2012-2015 é imprescindível para que o país tenha uma revisão positiva dos credores, esperados em Atenas no próximo mês para dar um veredicto se mantêm um fluxo de ajuda aos gregos. "Estamos no caminho certo. Medidas foram identificadas por um valor de 10,8 bilhões", disse à Reuters um funcionário do Ministério de Finanças, sob a condição de anonimato, depois de reunião de altos funcionários do governo ontem à noite.Ele não especificou em que áreas os cortes seriam feitos e disse que as negociações continuariam para finalizar o pacote na segunda-feira.O governo grego tem aceitado amplamente as medidas impostas pelos credores, mas evita divulgar detalhes sobre onde os cortes serão feitos. O que se espera são mais cortes nas pensões e salários do funcionalismo público, além de 40 mil demissões. As medidas devem ser aprovadas pelos três partidos dominantes na coligação, e mais tarde pela troica, formada por representantes da Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e do Banco Central Europeu.A Grécia foi resgatada duas vezes e o país está financeiramente dependente dos recursos do último pacote de ajuda de 130 bilhões, acertado em março, para seguir pagando contas, pensões e salários do setor público.O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, vai manter na próxima semana as primeiras reuniões com os líderes da zona do euro depois de ter assumido o governo, numa campanha para assegurar que cumprirá as promessas de maior austeridade. Também espera-se que ele apresente uma proposta para alongar a adoção das medidas para um período de quatro anos e, assim, suavizar o impacto sobre a população grega. O país enfrenta a pior recessão desde a 2.ª Guerra Mundial. / REUTERS

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