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Greenspan alerta para piora na relação dívida e PIB nos EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, Alan Greenspan, afirmou que são boas as perspectivas de haver expansão sustentável da economia dos EUA no curto prazo e observou que a inflação deve, provavelmente, continuar baixa. Mas Greenspan destacou que a perspectiva fiscal de longo prazo começou a deteriorar, em razão da relação da dívida governamental com o Produto Interno Bruto, que voltou a crescer após vários anos em queda. As declarações foram dadas durante seu depoimento sobre as perspectivas da economia e questões fiscais no Comitê de Orçamento da Câmara, em Washington. Greenspan alertou aos parlamentares que a economia poderá ser afetada caso os congressistas não iniciem, o mais rapidamente possível, um programa para conter o crescente déficit orçamentário. Ele recomendou que os rombos devem ser reduzidos, principalmente ou totalmente, por meio de cortes nos gastos governamentais. "Déficits orçamentários crescentes afastam a formação de capital privado e, com o tempo, desaceleram o crescimento dos padrões de vida", disse. Greenspan afirmou que o Congresso não seria sábio em contemplar aumentos de impostos como uma forma de enxugar os déficits orçamentários. Cenário político Durante o governo do presidente George W. Bush, o saldo orçamentário dos EUA migrou de uma situação de amplos superávits para déficits profundos. Para o ano fiscal de 2005, a administração Bush prevê um déficit de US$ 521 bilhões, embora prometa reduzir esse número para a metade até 2009, mantendo a atenção em não ampliar os gastos atuais e com os sinais de aceleração da economia. Mas os dois principais candidatos democratas à Presidência, John Kerry e John Edwards, afirmam que essa estratégia não será suficiente e declaram que vão combater o programa que reduziu impostos para os americanos mais ricos. Greenspan, por sua vez, manifestou que está cético quanto à capacidade de apenas o crescimento econômico conter o crescimento do déficit.

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