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Greve: após fracasso com líderes nacionais, governo procura coordenadores locais

Representantes de Brasília estão procurando coordenadores de bloqueios das principais rodovias, como aquelas que dão acesso às refinarias da Petrobrás

Foto do author Julia Lindner
Por Fernando Nakagawa , Tania Monteiro e Julia Lindner
Atualização:

BRASÍLIA - Sem conseguir acabar com a greve dos caminhoneiros ao negociar com lideranças nacionais, o governo passou a procurar coordenadores regionais para tentar resolver o problema. O esforço começou ainda na sexta-feira, 25. A estratégia tenta liberar rodovias estratégicas e permitir a retomada do trânsito em vias usadas para transporte de cargas consideradas essenciais, como combustíveis, medicamentos e produtos químicos para tratamento de água e esgoto.

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Polícia Militar escolta caminhões-tanque que foram abastecer na refinaria de Paulínia (SP); um comboio do Exército acompanhou o abastecimento Foto: Denny Cesare/Cógido19

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Após a frustração com o acordo firmado na quinta-feira, 24, com líderes nacionais que foi completamente ignorado nas estradas, o Palácio do Planalto decidiu abrir diálogo com coordenadores específicos do movimento. A ação foca especialmente nos motoristas que estão à frente dos pontos de protesto com maior resistência ou considerados estratégicos pelo gabinete de monitoramento criado pelo governo federal.

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Emissários de Brasília procuraram, por exemplo, coordenadores de bloqueios nas vias que dão acesso às refinarias da Petrobrás e também para liberar estradas necessárias para manter o fornecimento de insumos médicos, como oxigênio e gás, ou químicos para tratamento de água, como oxidantes, coagulantes, alcalinizantes, desinfetantes e fluoretantes.

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Entre as refinarias da Petrobrás, há relatos de coordenadores procurados por emissários do Planalto em unidades como Paulínia (SP), Duque de Caxias (RJ), Alberto Pasqualini (RS), Gabriel Passos (MG), Landulpho Alves (BA), Lubnor (CE) e Abreu e Lima (PE). 

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Alguns desses coordenadores foram até convidados para uma reunião em Brasília e o Palácio do Planalto cogitou facilitar o transporte aéreo aos participantes para que o encontro pudesse ocorrer mais rapidamente. O encontro, porém, não foi realizado. Mesmo assim, o governo mantém contato com as lideranças por telefone.

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Em alguns locais, a estratégia gerou algum resultado positivo nas primeiras horas, como a liberação de alguns caminhões - ainda que com escolta da polícia ou até das Forças Armadas - para transporte de combustível em situações críticas, como a oferta de querosene de aviação para o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, ou o Aeroporto de Brasília.

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A ação, porém, tem se mostrado limitada. Apesar de todo o esforço, o fornecimento de combustível para o Aeroporto de Brasília ocorreu apenas no sábado, 26, e foi suficiente para manter a operação apenas por algumas horas. Sem novas entregas de querosene, os tanques do maior aeroporto do Centro-Oeste secaram e o terminal da capital do País voltou a ficar sem combustível na tarde deste domingo, 27. Houve até iniciativa para novo carregamento neste domingo, mas a operação não conseguiu ser realizada até o fim da tarde.

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