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Greve de fornecedora da GM nos EUA já dura 2 meses

A paralisação diminuiu a produção de picapes e utilitários esportivos e começa a afetar as fábricas de carros

Por Hélio Barboza e da Agência Estado
Atualização:

Entrou na oitava semana a greve na American Axle & Manufacturing Holdings, uma das principais fornecedoras da General Motors (GM). Os grevistas que realizam piquetes e o presidente do United Auto Workers (UAW), o sindicato que representa os funcionários das montadoras e indústrias de autopeças, dizem que quanto maior a demora melhor o acordo que eles esperam fechar. A paralisação, que diminuiu a produção de picapes e utilitários esportivos (SUVs, em inglês) da GM e começa a afetar as fábricas de carros, pode se prolongar ainda mais. O presidente do sindicato, Ron Gettelfinger, afirmou no final de semana que o ritmo das negociações está "penosamente lento", o que ele atribui a uma estratégia da companhia. "Não estamos próximos a um acordo", disse, no sábado à noite. Enquanto as negociações prosseguiam na segunda-feira, 21, a GM anunciou que o impacto da greve havia se ampliado. A companhia informou ter cortado um dos três turnos da fábrica de Oshawa, em Ontário (Canadá), que fabrica os sedãs Chevrolet Impala e o Buick Lacrosse. A montadora também reduziu a produção de caixas de transmissão de caminhões e carros de quatro marchas numa fábrica de Michigan. A greve já afetou a produção de 30 fábricas da GM nos EUA, Canadá e México, que empregam mais de 43 mil empregados. Dezenas de outros fornecedores de autopeças também foram prejudicados. Os 3.600 empregados da American Axle filiados ao UAW entraram em greve no dia 26 de fevereiro, em cinco unidades da empresa. A companhia produz chassis, eixos de direção, barras estabilizadoras e outros componentes, principalmente para as picapes da GM e os grandes utilitários esportivos, além de pequenas peças de freio e suspensão para outros modelos. Até agora, a paralisação teve pouco impacto sobre a montadora porque as vendas de caminhões e SUVs não estão indo bem e a GM tem um grande estoque. A American Axle alega que o custo da hora de sua mão-de-obra nos EUA, incluindo salários e benefícios, é de US$ 73,48 por trabalhador, três vezes o de seus concorrentes domésticos. No início das negociações, a empresa queria reduzir o salário de cerca de US$ 28 por hora para cerca de US$ 14. As informações são da Dow Jones.

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