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Greve dos bancários aumenta e chega a mais cidades

Os funcionários de agências de Brasília, Porto Alegre e Belo Horizonte também aderiram nesta sexta à paralisação

Por Agencia Estado
Atualização:

A greve dos bancários continua crescendo no País. Nesta sexta-feira, funcionários de mais dois Estados aderiram à greve por tempo indeterminado da categoria. Os funcionários de agências de Brasília aprovaram a greve na quinta-feira, após a realização de assembléia. Em Porto Alegre, a greve acontece nas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Em Belo Horizonte, acontece nesta sexta uma paralisação de 24 horas. Além das novas adesões, os funcionários de agências no Rio, Maranhão, Pernambuco, Florianópolis (SC), Rio Grande do Norte e Bauru (SP) também estão em greve. Assim como em Porto Alegre, a paralisação em Salvador (BA), acontece apenas nas agências do BB e da Caixa. Apesar da greve nas agências, os caixas eletrônicos e serviços bancários pela Internet e pelo telefone continuam funcionando normalmente, o que não deve causar tantos transtornos aos clientes. Na próxima quarta-feira, dia 4, bancários de todo o País realizam assembléias para decidir uma possível greve nacional, que começaria na quinta. O Comando Nacional dos Bancários fará nova reunião com os representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na terça-feira, dia 3, em São Paulo. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a última proposta feita pela Fenaban foi rejeitada e há interesse na continuidade das negociações. Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a proposta oferecida pelos banqueiros era de um reajuste de 2% para todas as verbas salariais mais participação nos lucros e resultados (PLR) de 80% do salário mais R$ 816 - o mesmo valor do ano passado, reajustado pelos 2%. Além do pagamento de R$ 500, para os bancários de instituições que tiverem crescimento de 25% do lucro líquido, ou mais, em relação ao ano passado. A proposta foi considera insuficiente pelo Comando Nacional, que indicou sua rejeição em todo o país, segundo informação do Sindicato. "A proposta feita não repõe sequer a inflação do período, que é de 2,85%, e não tem aumento real. A Fenaban reconheceu a lógica de alteração da PLR e isso é um avanço, mas o valor precisa ser ampliado e chegar a todos os trabalhadores", disse o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino. Segundo o sindicato paulista, as assembléias marcadas, na maioria dos Estados, para o próximo dia 4 de outubro estão mantidas e, caso haja uma nova proposta na reunião com a Fenaban, será levada para discussão com os bancários. "Se houver uma nova proposta, levaremos aos bancários. Caso contrário, a assembléia deverá referendar a indicação de greve por tempo indeterminado", afirmou o presidente do Sindicato.

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