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Greve dos bancários cresce no País, mas perde força em São Paulo, diz sindicato

Em todo o País, foram fechados 10.355 centros administrativos e agências bancárias nesta sexta-feira; o sindicato retomou as negociações com a Fenaban

Por Fernando Ladeira
Atualização:
Entre as reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 12,5% Foto: Marcos de Paula/Estadão

A greve dos bancários cresceu no País, mas perdeu força em São Paulo. Segundo números divulgados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a paralisação nacional atingiu 10.355 agências e centros administrativos. Esse é um número 10,4% maior que o de ontem.

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Desde o primeiro dia da greve, quando foram fechadas 6.572 unidades, o crescimento da adesão foi de 57,6%. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) agendou uma nova rodada de negociações com os bancários para o início desta noite. Também estão previstas negociações específicas com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. "Esperamos que os bancos apresentem propostas decentes aos bancários para que possamos levar às assembleias da categoria", disse em nota o coordenador do Comando Nacional dos Bancários e presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Os bancários aprovaram na noite de segunda-feira o início da greve por tempo indeterminado. Entre as reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 12,5%, com a recomposição da inflação medida pelo INPC e aumento real de 5,8%, elevando o piso salarial a R$ 2.979,25. Também estão na pauta pontos como 14º salário, participação nos lucros, vales alimentação e refeição. Na última rodada de negociações, a Fenaban propôs um reajuste de 7,35% e de 8% para o piso da categoria. 

No ano passado, os bancários promoveram uma greve nacional que durou 23 dias. A categoria somente retomou as atividades após um acordo por um reajuste de 8%, o que representou um ganho real de 1,82%. Em 10 anos, o salário dos bancários aumentou 18,33% acima da inflação.

São Paulo. A adesão à greve dos bancários em São Paulo, Osasco e região perdeu força no quarto dia da paralisação, segundo números divulgados pelo sindicato. Nesta sexta-feira, foram fechados 701 locais de trabalho, sendo seis centros administrativos e 695 agências. O sindicato estimou que cerca de 20 mil trabalhadores participaram dessas paralisações. Ontem, o número era de cerca de 29 mil. Mais cedo, o sindicato também anunciou a retomada das negociações com a Fenaban nesta sexta-feira. 

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