Por falta de peças que deveriam estar vindo de São Paulo, a unidade da Volkswagen em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, ficará sem operar nesta sexta e no sábado. A informação foi passada para o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e Região Metropolitana por volta do meio-dia desta quinta. Com isso, os metalúrgicos decidiram não fazer as paralisações de uma hora nas entradas de turno, conforme estava previsto anteriormente. A reposição dos dias de paralisação teve que ser negociada. Segundo sindicato, a primeira proposta da Volks, que foi rejeitada, era compensar futuramente os dois dias parados. Posteriormente foi apresentada a sugestão para que apenas um dia fosse compensado, em 30 de setembro. Os metalúrgicos aprovaram a proposta em assembléia nos dois primeiros turnos desta quinta. "Com a compensação de apenas um dia a empresa vai ficar no prejuízo porque deixam de ser fabricados 730 carros", disse o diretor do sindicato, Nelson de Souza. "Foi uma medida inteligente." Mas os funcionários da Volks no Paraná não descartam a possibilidade de tomar outras atitudes para protestar contra a empresa e demonstrar a solidariedade aos que receberam cartas de dispensa em São Paulo. "Cada dia é um dia", salientou o diretor. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a fábrica da Volks em Taubaté (SP) também sofrerá paralisação. Greve Os funcionários da Volkswagen decidiram em assembléia nesta quinta-feira manter a greve geral na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Os grevistas decidiram continuar com a estratégia de entrar na fábrica mas não ligar as máquinas, a mesma adotada desde o início da greve, na terça-feira. Somente na segunda-feira haverá assembléia para decidir se a estratégia de paralisação será alterada ou não.