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Greve na Argentina puxa preço da soja

Por Análise: Gerson Freitas Jr.
Atualização:

Os contratos futuros de soja registraram ontem a maior cotação desde 23 de fevereiro na Bolsa de Chicago. Os lotes para entrega em maio, que possuem maior liquidez, fecharam em alta de 1,63%, cotados a US$ 9,6750 por bushel (medida equivalente a 27,21 quilos), depois de avançar a US$ 9,77 no melhor momento do dia. As cotações refletiram as preocupações com a ampliação da greve dos estivadores na Argentina. O temor é que a paralisação nos portos comprometa o escoamento da safra 2009/10 e restrinja a oferta sul-americana de soja no curto prazo. A situação pode fazer com que importadores busquem soja nos Estados Unidos, onde os estoques da commodity são apertados.Os ganhos também refletiram o ambiente favorável nos mercados financeiros. O dólar mais barato e a alta das bolsas de valores estimularam o apetite dos fundos pela compra de commodities. O índice CRB, que acompanha uma cesta composta por futuros de energia, metais e produtos agrícolas, fechou em alta de 2,05%.A corrente favorável fez com que especuladores voltassem a apostar no açúcar, que havia caído 43% em menos de dois meses. Em Nova York, a commodity para entrega em maio fechou em alta de 3%, cotada a 17,51 centavos de dólar por libra-peso. Participantes desse mercado acreditam que as perdas acumuladas nas últimas semanas foram exageradas, o que abre caminho para uma recuperação.

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