Pelo menos 50% dos 6 mil funcionários do Banco do Brasil (BB) na capital paulista aderiram à greve e paralisaram suas atividades na manhã desta terça-feira. A informação é do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Em Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Salvador e Pernambuco os funcionários da instituição financeira também paralisaram suas atividades hoje, segundo balanço inicial da Confederação Nacional dos Bancários (CNB), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Caixa Os bancários da Caixa Econômica Federal (CEF) também estão em greve no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, de acordo com a CNB. Em São Paulo, segundo a confederação, não foi registrada paralisação até o momento. De acordo com o Sindicado dos Bancários de São Paulo, os funcionários da CEF na capital paulista aprovaram, em assembléia, apenas um indicativo de greve para a partir de quinta-feira. Nova assembléia será realizada amanhã pelos bancários da instituição. Surpresa A greve dos funcionários do BB surpreendeu a todos. Isso porque a recomendação da CNB era para que os bancários aceitassem a contraproposta da instituição. Mas ela foi rejeitada em assembléia realizada na noite de ontem em São Paulo. Os bancários dos setor privado fecharam acordo na última sexta-feira, quando assinaram com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a Convenção Coletiva da categoria. Pelo acordo, os trabalhadores dos bancos privados conseguiram reajuste de 12,6%, abono de R$ 1.500 e participação nos lucros e resultados de 80% do salário, mais R$ 650 fixos. Os bancários do BB e da Caixa obtiveram propostas semelhantes das direções das duas instituições. Mas reivindicam recomposição maior porque alegam que nos últimos oito anos do governo Fernando Henrique sofreram processo de arrocho salarial maior.