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Greve nos Correios causa cisão interna

Por AE
Atualização:

Os funcionários dos Correios que não aderiram à greve das últimas semanas farão hoje um protesto pacífico em repúdio ao pagamento dos dias não trabalhados aos grevistas. Em todo o Brasil, às 10 horas da manhã, os funcionários farão um minuto de silêncio. Também foi solicitado que fossem trabalhar com roupas escuras. Os não-grevistas discordam da decisão dos Correios (com o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva) de suspender o desconto dos dias parados, que serão compensados com banco de horas de trabalho. Também não serão descontados os tíquetes-refeição correspondentes aos 20 dias de greve. "Precisamos que, no futuro, nossa direção seja mais firme", afirmou o gerente de logística integrada do Paraná, Julio Botto. Em Curitiba, por exemplo, o minuto de silêncio será precedido pelo Hino Nacional. "Os funcionários que não participaram da greve vão para a frente do prédio pedir desculpas à população pelos transtornos e cantar o Hino Nacional, depois voltarão às suas atividades normais", explica. Segundo a assessoria da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), dos 108 mil funcionários da empresa, apenas 20% pararam durante a greve, especialmente os da área de entregas - os carteiros. "Muitos grevistas vieram até a sede e nos chamaram de tolos e de pelegos por estarmos trabalhando. Disseram que bastou pararem para conseguir o que queriam", diz uma funcionária administrativa do Paraná, que não quis se identificar. "No Orkut, nossos perfis ficaram lotados de xingamentos. Nem parecia que éramos da mesma empresa." Na internet, fóruns e grupos de e-mails discutem o assunto. Esta foi a terceira greve dos Correios em menos de um ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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