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Greve paralisa a Grécia e se torna violenta em Atenas

Protesto afetou os serviços públicos e paralisou o país; manifestantes e polícia entraram em conflito

Por Danielle Chaves e da Agência Estado
Atualização:

Manifestante joga de volta bomba de gás lacrimogêneo utilizada pela polícia - Foto: KostasTsironis/AP

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ATENAS - Um protesto de milhares de trabalhadores, funcionários públicos e comerciantes em greve se tornou violento nas ruas da capital da Grécia, Atenas, com os manifestantes entrando em confronto com a polícia no centro da cidade. A greve afetou os serviços públicos e paralisou o país.

Centenas de jovens atiraram projéteis, pequenas bombas e coquetéis molotov na polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo e granadas. Os conflitos se espalharam para outros pontos da cidade, com a polícia e os manifestantes se confrontando também perto da Universidade de Atenas e em algumas regiões do distrito empresarial central. Também houve bloqueio de ruas, ataques a lojas e pequenos incêndios em latas de lixo.

Escritórios do governo, tribunais e escolas foram fechados, enquanto hospitais e muitas empresas trabalham com equipe extremamente reduzida. As operações dos ônibus, bondes, trens e metrô foram suspensas e apenas a linha férrea de Atenas opera em escala limitada. Quase 50 voos domésticos foram cancelados e os barcos que viajam para as ilhas do país ficaram parados.

A greve nacional de um dia e as manifestações, majoritariamente pacíficas, foram convocadas pelos dois principais sindicatos da Grécia, o GSEE e o ADEDY, que juntos têm 1,2 milhão de membros. A intenção é protestar contra as medidas de austeridade do governo. A polícia calcula que cerca de 30 mil pessoas participaram dos protestos.

"Os trabalhadores estão vivendo hoje o maior ataque bárbaro à custa de seus direitos e de suas vidas", afirmou o ADEDY em um comunicado. "Nós temos uma responsabilidade coletiva e pessoal conosco e com nossas crianças de ter sucesso na nossa luta", acrescentou. As informações são da Dow Jones.

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